sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Game Review #3: Fahrenheit (A.K.A. Indigo Prophecy)

Você acha que todo game tem uma história pré-determinada? Que todo personagem tem sua própria personalidade definida? Que você é um mero espectador do desenrolar da trama?

Com uma história alucinante, Fahrenheit fará você perceber qual é a verdadeira interação entre o gamer e o game.






História: Fahrenheit ou Indigo Prophecy para os grandes merdas dos EUA se passa em Janeiro de 2009, quando nosso "personagem principal", Lucas Kane, entra num transe muito aloks DORGAS e esfaqueia um homem até a morte num banheiro de uma lanchonete em Nova York. O problema é que ele não está sozinho: nessa lanchonete estão um policial e várias outras pessoas, vivendo suas vidas, mas que estão presentes na cena do crime. É nessa hora que você toma controle do personagem e tem de decidir: o que fazer? Limpar a cena do crime? Esconder o corpo do homem ensanguentado? E a arma do crime? Guardá-la? Devo parar para pagar a conta na minha mesa? Ou que tal simplesmente sair correndo da lanchonete? A escolha é toda sua.

Fahrenheit é tido como um jogo "elástico", pois cada ação que se toma leva a um desfecho diferente. Dependendo das escolhas que se faz, pode-se abrir uma cutscene secreta, decidir a vida ou morte de algum personagem ou um final ótimo ou desastroso.

No game, estão à disposição 3 personagens realmente interativos: Lucas Kane foreveralone, Carla Valenti e Tyler Miles. Com Lucas, o jogador tenta entender o real motivo do assassinato e da estranha pocessão. Com Carla e Tyler, tenta-se desvendar quem é o assassino. Ou seja, você mesmo, já que é você quem comanda a ação dos três, em momentos diferentes. Um item que um personagem deixa para trás pode ser uma pista para outro tentar resolver o mistério.

Jogabilidade: Outra coisa irreverente em Fahrenheit é a sua jogabilidade. Sabe os botões principais do controle de PS2? Quadrado, triângulo e bola HADOUKEN!? Esqueça-os. Com excessão do X (que, se mantido pressionado, faz seu personagem correr), eles são completamente inúteis nesse game. Então... Como jogar?

Simples! O analógico esquerdo é utilizado para andar, enquanto o direito realiza as ações. Dependendo da situação, movê-lo para a esquerda faz seu personagem se sentar, para a direita o faz pegar um objeto, e assim por diante. Mas, durante as cenas de ação, ambos os analógicos são usados para que seja realizada uma sequência de movimentos aleatórios. Faça corretamente e você consegue um "Great!" e vence determinado desafio. Erre e consiga um "Failed!", podendo até matar seu personagem. Outros dois botões usados são o R1 e L1, que são como uma "barra de vitalidade" do personagem. Geralmente, quanto mais alta você conseguir deixá-la, melhor.

E como se não bastasse, o jogo ainda se utiliza de uma Barra de Sanidade, semelhante à de Eternal Darkness (GameCube). Se cair demais, seu personagem pode perder a cabeça e se suicidar, entre outras loucuras.

Músicas: A maioria das músicas de Fahrenheit é da autoria de Angelo Badalamenti. A música de abertura do game e os temas dos personagens são quase que a alma do jogo. Algumas outras músicas incluídas são de autoria da banda Theory of a Dead Man (Santa Monica, No Surprise, Say Goodbye, No Way Out), Teddy Pendergrass (Love T.K.O.), Martina Topley-Bird (Sandpaper Kisses).

Extras: O título do jogo, originalmente Fahrenheit, foi mudado nos EUA para Indigo Prophecy porque americano sempre tem que ser diferente para não haver confusão entre o jogo e o filme Fahrenheit 9/11. E, para evitar que o game fosse taxado de +18 nas terras do Tio Sam, a maioria das cenas contendo insinuação ou sexo explícito (uma delas interativa safadenhos!) foram vetadas.

Fahrenheit recebeu prêmios de "Mehor História" e "Melhor Jogo de Aventura" pelo site GameSpot em 2005.


Pontos Finais


Nome do Game: Fahrenheit / Indigo Prophecy
Desenvolvimento: Quantic Dream
Ano de Lançamento: 2005
Número de Jogadores: 1
Plataforma: PS2 / XBOX / PC

Visual: 8,0
Não tão bonito, não muito feio, cumpre seu papel por não ser o ponto central do jogo.

Audio: 8,0
A maioria das músicas ajuda o jogador a entrar no clima sombrio e desesperador de Fahrenheit, com excessão da que toca na maior parte das cenas com o Tyler. Ô musiquinha irritante!

Jogabilidade: 9,0
Diferente, é quase o ponto chave de todo o jogo. Um pouco difícil de se acostumar no começo, mas utilizado com maestria depois para realizar os comandos que requerem muita habilidade.

Inovação: 10
Mudou o modo como um game é feito e conduzido. Quase um filme interativo.

Resumindo: 85
Jogo único, mudando a maneira de como um game tem de ser executado, repleto de ótimas cenas, com muitas possibilidades e três finais diferentes. Uma pena que, após a metade do game, a história - que era o grande brilho do título - tenha decaído um pouco. E foi isso justamente que tirou alguns pontos na soma final.


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